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Mensagem por Agnes Sex Dez 09, 2016 4:33 pm

INSUFICIÊNCIA CARDÍACA COGESTIVA

DEFINIÇÃO, ETIOLOGIA E FISIOPATOLOGIA

Insuficiência cardíaca congestiva é a incapacidade cardíaca de bombear sangue suficiente para atender às necessidades teciduais de oxigênio e nutrientes, onde as fibras musculares miocárdios são lesadas, e o volume ejetado é diminuído. O mecanismo responsável pela insuficiência cardíaca é a redução das propriedades contrateis do coração acarretando débito cardíaco menor do que o normal. A freqüência cardíaca é a função do sistema nervoso autônomo. Quando débito cardíaco diminui, o sistema nervoso simpático acelera a freqüência do coração, com o fim manter um débito cardíaco adequado. Tal mecanismo compensatório não consegue mais manter a perfusão tecidual adequada, as propriedades do volume ejetado necessitam ser ajustadas para manter o débito cardíaco. As condições subjacentes que comumente causam anormalidades na função muscular são: aterosclerose coronariana, hipertensão arterial e doença muscular inflamatória ou degenerativa. A aterosclerose coronariana provoca disfunção miocárdica interferindo com a irrigação sanguínea normal para o músculo cardíaco.

A hipoxia e a acidose (devido à acumulação de ácidos lácticos) são conseqüências desse processo. O infarto do miocárdio (morte das células cardíacas) freqüentemente precede o desenvolvimento da insuficiência cardíaca franca. A hipertensão sistêmica ou pulmonar intensifica o trabalho exigido pelo coração, o que acarreta hipertrofia das fibras miocárdicas. A insuficiência cardíaca está associada às drogas antiinflamatórias e degenerativas do miocárdio e devida à lesão das fibras miocárdicas, com redução conseqüente na contratilidade. A insuficiência cardíaca pode ser conseqüência de doenças cardíacas que afetam o miocárdio secundariamente; alguns dos fatores sistêmicos podem contribuir para a gravidade da insuficiência cardíaca, tais como: aumento da taxa metabólica. Hipóxia e anemia exigem maior débito cardíaco para satisfazer à necessidade de oxigênio e também o fornecimento de oxigênio ao miocárdio.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS MAIS COMUNS Dispnéia, tosse, edema periférico, tontura, confusão mental, fadiga, cansaço aos esforços, olegúria, > ICC à esquerda: dispnéia ao esforço, tosse ortopnéia. > ICC à direita: edema em membros inferiores, desconforto abdominal, distensão abdominal, ascite e anorexia. Insuficiência Cardíaca Direita e Esquerda – os ventrículos direito e esquerdo podem se tornar insuficiente separadamente. A insuficiência ventricular esquerda precede, mais comumente, a falência do ventrículo direito, e a insuficiência ventricular esquerda isolada é sinônimo de edema agudo do pulmão. Insuficiência Cardíaca Esquerda – a congestão pulmonar predomina quando o ventrículo esquerdo falhar, já que tal câmara é incapaz de bombear adequadamente o sangue recebido dos pulmões. Insuficiência Cardíaca Direita – quando o ventrículo direito estiver insuficiente, o quadro predominante será congestão visceral e tecidual periféricas. Isto ocorre devido ao lado direito do coração não conseguir adequadamente seu volume sanguíneo e, portanto, não pode acomodar todo o sangue que a ele retorna, proveniente da circulação venosa.

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM

Os objetivos fundamentais no tratamento clínico dos pacientes com insuficiência cardíaca são os seguintes:

1. Promover o repouso, para reduzir o trabalho imposto ao coração. 2. Aumentar a força de eficiência da contração miocárdica, através da ação de agentes farmacológicos. 3. Eliminar o excesso de líquido corporal acumulado através de tratamento diurético, repouso e dieta. 4. A orientação dietética é proporcionar uma dieta que exija menor esforço possível, o menos estiramento muscular e mantenha o estado nutricional equilibrado. A restrição do sólido está indicada para a prevenção, o controle ou a eliminação do edema, tanto na hipertensão quanto na insuficiência cardíaca.

AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA DAS CARDIOPATIAS > Exames laboratoriais > Hemograma completo > Ionograma > Calcemia > Colesterol, coagulograma, dosagem de CPK, DHL e TGO.

CATETERISMO CARDÍACO OU CINEANGIOCORONARIOGRAFIA Método pelo qual um catéter é inserido nos vasos sanguíneos e no coração. É indicado para: ¾ medir a concentração e a pressão de O2 nos átrios e ventrículos; ¾ identificar a presença de shunt – comunicação anormal de duas partes do sistema cardiovascular onde existem pressões diferentes; ¾ fornecer amostras para análise de sangue; ¾ determinar o débito cardíaco e o fluxo sanguíneo pulmonar; ¾ avaliar paciente com dor torácica; ¾ determinar o estado cardíaco, antes da cirurgia.

CATETERISMO DO LADO DIREITO DO CORAÇÃO É introduzido um catéter radiopaco através de uma veia branquial ou femoral até o átrio direito, o ventrículo direito e a artéria pulmonar, com visualização direita no fluoroscópio. É considerado relativamente mais seguro no lado direito, incluem complicações arritmias, espasmo venoso, infecção local e raro parada cardíaca.

CATETERISMO DO LADO ESQUERDO DO CORAÇÃO Pode ser: CATETERIZAÇÃO RETRÓGRADA – Introdução do catéter na artéria braquial direita, avançando com ele até que atinja a aorta ascendente, o ventrículo esquerdo e o átrio esquerdo. CATETERIZAÇÃO TRANSEPTAL – Catéter especial provido de agulha, é introduzido pela veia femural direita até atingir o átrio direito, onde preciona o septo que separa os átrios, a agulha então é removida e o catéter avança, sob controle fluoroscópio, para o interior do ventrículo esquerdo e da aorta ascendente, em geral, é feito o cateterismo do lado direito do coração, antes do esquerdo. Complicações – Arritmias, infarto do miocárdio, perfuração do coração, embolias sistemas.

ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM:


Pós-cateterismo: ¾ fazer controle de sinais vitais; ¾ observar sangramentos, hematomas; ¾ atentar para a algia; ¾ atentar para a dor, pulso (radial e pedioso), parestesia e cianose.
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