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Matéria: Doenças Endócrinas

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Mensagem por Agnes Sex Dez 09, 2016 4:30 pm

DIABETES MELLITUS:

O Diabetes Mellitus é um grupo heterogêneo de distúrbios caracterizados por uma elevação no nível de glicose no sangue. Normalmente há uma certa quantidade de glicose circulando no sangue que resulta dos alimentos ingeridos e da formação de glicose pelo fígado. A insulina, um hormônio produzido pelo pâncreas, controla o nível de glicose no sangue, regulando a produção e o armazenamento de glicose.

FISIOPATOLOGIA

A insulina fabricada pelas células beta do pâncreas é o principal hormônio envolvido na utilização da glicose pelo organismo e também do metabolismo dos carboidratos, das proteínas, dos lipídios, da água e dos eletrólitos. Sua deficiência afeta o metabolismo como um todo, mas provoca principalmente a falta de penetração da glicose dentro das células, entre as quais se destacam as musculares e as adiposas.

TIPOS DE DIABETES

Existem vários tipos diferentes de Diabetes Mellitus. Eles podem diferir na causa, curso da doença e tratamento. As principais classificações do diabetes incluem:

• Tipo I – Diabetes mellitus insulino – dependente (DMID)
• Tipo II – Diabetes mellitus não insulino – dependente (DMNID)
• Diabetes mellitus associado a outras condições ou síndromes
• Diabetes mellitus gestacional


FISIOPATOLOGIA DO QUADRO CLÍNICO

Quando há falta de insulina, a glicose se acumula no líquido intersticial e no sangue, verificando-se a hiperglicemia. A glicose excedente no sangue passa para a urina, provocando a glicossúria. Devida também à hiperglicemia surge uma hiperosmolaridade no espaço intersticial e no sangue. Por osmose, a água passa das células para estes dois outros compartimentos, sendo eliminada pela urina em maior quantidade, ou seja, ocorre a poliúria. Essa perda excessiva de água pela urina em detrimento da necessidade das células, leva a desidratação, surgindo, na tentativa do equilíbrio fisiológico, sede intensa, ou polidipsia. A ingestão excessiva de água pelo indivíduo afetado, leva a distúrbios nos centros reguladores da ingestão, surgindo muita fome, ou seja, a polifagia.

O diabético pode apresentar ainda: perda de peso, pois com o aumento da excreção da glicose pela urina, há mobilização das reservas endógenas, já que a perda de 1g de glicose corresponde a de 4,1 cal; balanço nitrogenado negativo, pois a aceleração do catabolismo protéico, leva a diminuição da síntese protéica. Insidiosamente, no adulto, e abruptamente na criança, temos ainda outros sintomas: desânimo, cansaço fácil, sonolência, fraqueza, dores nas pernas, prurido generalizado e vulvar, vulvovaginite, além de sintomas de complicações sérias, retinianas, vasculares, neurológicas e renais, além da cetoacidose e do coma hiperosmolar.


SINAIS E SINTOMAS
HIPOGLICEMIA HIPERGLICEMIA

Sudorese Polúria
Tremor Polidipsia
Palidez úmida
Fadiga Taquicardia
Hiperemia seca Palpitação
Mal estar geral Nervosismo
Sonolência Cefaléia
Anorexia Vertigem
Cefaléia Polifagia
Dores abdominais Confusão mental
Câimbras musculares Dormência nos lábios
Náuseas Dormência na língua
Vômitos Fala inintegível
Constipação diarréia
Falta de coordenação Respiração de Kussmaul
Marcha cambaleante Hálito cetórico
Visão dupla (diplopia) Hipotensão Sonolência
Pulso filiforme Convulsões Estupor

COMPLICAÇÕES DO DIABETES

As complicações associadas aos tipos de diabetes são classificadas como complicações agudas ou crônicas. As complicações agudas resultam de um desequilíbrio no regime de tratamento. Elas incluem:

• Hipoglicemia (falta de açúcar no sangue), também chamada de reação à insulina ou choque insulínico.
• Hiperglicemia (excesso de açúcar no sangue), que quando não controlada pode levar a cetoacidose diabética (CAD), no diabetes tipo I, ou síndrome não-cetônica hiperosmolar no diabetes tipo II.
• Retinianas – Dilatação venosa e microaneurismas são alterações precoses no fundo do olho que, ao atingirem a mácula, podem levar à perda de visão. A incidência e a gravidade da retinopatia são em geral proporcionais à duração da doença.
• Vasculares – Lesões vasculares, principalmente arteriais, levam a diminuição do pulso e a insuficiência vascular, podendo apresentar sinais clínicos de isquemia, com ulceração e gangrena, principalmente nos membros inferiores.
• Neurológicas – Geralmente envolvendo os membros periféricos, implicam perda de sensibilidade vibratória, atonia da bexiga, alterações pupipulares, diminuição dos reflexos tendinosos, parestesias, etc.
• Renais – A presença de nódulos que, embora esparsos, obliterem alguns glomérulos e as arteríolas aferente e eferente, com espessamento da membrana glomerular, leva geralmente a hipertensão arterial, a proteinúria e a insuficiência renal.

TRATAMENTO DIETÉTICO

A dieta e o controle do peso constituem a base do tratamento do diabetes. A conduta nutricional do paciente com diabetes é dirigida às seguintes metas. • Fornecimento de todos os constituintes alimentares essenciais (ex.: vitaminas, minerais, etc.)

• Obtenção a necessidades energéticas.
• Prevenção de grandes variações diárias nos níveis de glicose sanguínea e obtenção de níveis sanguíneos o mais próximo do normal de modo prático e seguro.
• Diminuição dos níveis sanguíneos de lipídeos, quando elevados. Para os pacientes que necessitam de insulina para auxiliar a controlar os níveis sanguíneos de glicose, é importante manter o mais constante possível à quantidade de calorias e carboidratos ingeridos nos diferentes horários de refeição.

INSULINOTERAPIA

A insulina é secretada pelas células beta das ilhotas de Langerhas. Ela reduz a glicose sanguínea após as refeições, facilitando a captação e utilização de glicose pelos músculos, células hepáticas e gorduras. Durante os períodos de jejum, a insulina inibe a quebra de glicose, proteínas e lipídios estocados. Na diabetes tipo I, o corpo não produz insulina suficiente. Assim ela tem que ser administrada
indefinidamente. No diabetes tipo II, a insulina pode ser necessária a longo prazo, para contratar os níveis de glicose se a dieta e os agentes hipoglicemiantes orais tiverem falhado. Freqüentemente, as injeções são injetadas duas vezes ao dia (ou mais), de modo a controlar os aumentos de glicose após as refeições após as refeições e durante a noite.

ORIENTAÇÕES SOBRE ADMINISTRAÇÃO DE INSULINA

• PREPARO E ADMINISTRAÇÃO DA INJEÇÃO DE INSULINA
• 1.Retirar a quantidade e o tipo de insulina
• 2. Misturar adequadamente dois tipos de insulina, se necessário
• 3. Limpar a pele, introduzir e administrar a insulina.
• Descrever o rodízio dos locais. - Demonstrar a injeção em todas as áreas anatômicas a serem utilizadas.

CONHECIMENTO DA AÇÃO DA INSULINA

1. Ordenar a prescrição. - Tipo e dosagem da insulina, e horário.
2. Descrever os horários aproximados da ação de insulina. - Identificar pelo nome as insulinas de ação curta e longa. A seleção de pontos: aéreas escolhidas e indicadas no Mapa são consideradas as melhores para a aplicação de insulina, porque estão distantes de articulações, nervos e grandes vasos sanguíneos.

CUIDADOS DE ENFERMAGEM PARA DIABETES MELLITUS

• Controlar a glicemia através de testes rápidos.
• Orientar o paciente quanto aos cuidados com os pés (unhas, calçados apertados).
• Planejar e orientar o paciente na auto-aplicação de insulina, ensinando áreas de rodízio. • Estimular, encorajar, orientar e demonstrar a importância da dieta no tratamento.
• Recomendar o repouso e evitar o estresse emocional.
• Orientar quanto aos exercícios físicos
. • Reconhecer e administrar a insulina nos horários prescritos.
• Orientar no cuidado com os olhos e higiene oral.
• Controlar os fatores sobre o processo da doença e tratamento, visita ao oftalmologista uma vez por ano e endocrinologista 2 a 3 vezes por ano.
• Atentar para sintoma como: tremores, sudorese, cefaléia, fome, paresia dos lábios ou dedos, fraqueza, dificuldade de concentração, náusea, vômito, dor abdominal, sede intensa.
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